É seguro afirmar que Maceió possui uma das orlas mais bonitas do mundo. É um choque cognitivo encontrar o mar que banha a principal cidade de Alagoas. Um ponto totalmente fora da curva, de uma natureza tão viva e radiante, que contrasta com a silhueta urbana que sustenta o que há em terra.

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, responsável por levar a musicalidade nordestina para o resto do Brasil, tem em seus versos palavras especialmente dedicadas para a majestosa encosta da capital: 

“Toda gente que sai de Alagoas

Coração deixa em Maceió”.

O que fazer em Maceió - aérea
 Vista aérea do mar chocante que banha a capital de Alagoas. (Crédito: Ponta Verde)

Coração deixa em Maceió por vários motivos: por esse azul inconfundível; pela gastronomia de ponta que emerge de uma cidade que pede por mais excelência em seus serviços; pela cultura efervescente que surge de uma galera que valoriza a herança histórica de suas terras e cria diversos projetos de diferentes formatos em cima disso; mas, sobretudo, de um sentimento de acolhimento que é muito característico daqui, do povo alagoano, que abraça como se fosse um antigo conhecido.

De se sentir em casa mesmo. Tem sempre um sorriso no rosto. Tem a troca do diálogo, a troca da comida, a troca da resenha, a troca do auxílio. É um ambiente muito receptivo. As coisas tendem a fluir, porque você tende a ter trocas mais verdadeiras. São valores mais relacionados ao capital humano, o que torna as coisas mais reais, mais cruas. 

Você realmente tem essa sensação de conhecer alguém que nunca viu na vida, por essa abertura, muitas vezes vista como expansiva, mas que na verdade é sincera, é genuína. É bem bonito conhecer Maceió e conhecer a história de qualquer um daqui, porque o turismo por essas terras vai além do cenário paradisíaco. Ele é muito carregado de cultura e de simbolismos.

Conhecer Maceió é conhecer os pescadores, os jangadeiros, as rendeiras, as artesãs… conhecer as pessoas. Pessoas que começaram com um pequeno povoado, em torno de um engenho estrategicamente posicionado, e que cresceu graças à economia açucareira, até chegar aqui, uma capital totalmente estruturada e um lugar onde praia, gastronomia e cultura convergem em um dos destinos mais irresistíveis do Brasil.

Massayó, terras entre as lagoas, que formaram Maceió, a capital de Alagoas

Alagoas esteve por longos 283 anos unida à capitania de Pernambuco. O território é originalmente datado, mesmo subordinado ao Capitão Donatário Duarte Coelho, a 10 de março de 1534. Esse período durou até 16 de setembro de 1817, quando foi instaurada a Capitania de Alagoas.

Esse recorte passa por três fases:

  • 1534 – 1563: caracterizada por um regime bastante simples e colonial, o qual o Donatário Coelho exercia poderes jurídico, legislativo e executivo sob as terras de sua capitania;
  • 1563 – 1624: caracterizada por uma evolução das estruturas burocráticas da colônia, em função da evolução da economia açucareira. Isso atrai os olhos da metrópole Portugal e enrijece estratégias de dominação, com políticas de estreitamento da jurisdição donatorial e maior cobrança de impostos em relação à população;
  • 1654 – 1716: consequência dos avanços holandeses no nordeste brasileiro, que consolidou na capitania de Pernambuco um forte poder da Coroa portuguesa.

Ao passar por esse espaço de tempo, Alagoas vai crescendo junto a Pernambuco e vai mostrando personalidade suficiente para se sustentar sozinha para além de sua capitania mãe. O passo inicial da ruptura é a criação da Comarca, assinalada em 1711, tendo em seus registros as vilas de Porto Calvo e Penedo assumindo funções jurídicas e administrativas próprias ao sul do território pernambucano.  

A Comarca é uma oficialização de que dali em diante, a organização judiciária nas terras de Alagoas começaria a restringir o arbítrio feudal dos senhores e até o dos representantes da metrópole. Era a assinatura da prosperidade de Alagoas, com seus quase cinquenta engenhos, dez freguesias, e apreciável renda para o erário real. 

Maceió, que até então atendia por “Massayó” – do tupi “o que tapa o alagadiço” -, tem seus primeiros registros em 1609, em um engenho de açúcar. Eram terras de Manoel Antônio Duro, que havia recebido uma sesmaria de Diogo Soares, alcaide-mor de Santa Maria Madalena.

Em 1673, o rei de Portugal determina – em ponto estratégico, nas águas que banhavam o povoado de Massayó -, que fosse construído um porto-forte chamado Jaraguá, para evitar o comércio ilegal do pau-brasil na região. São essas duas edificações – o porto e o engenho – que permitiram que Massayó virasse Maceió, a capital dos tons azuis inconfundíveis.

O surgimento de Maceió: o porto, o engenho e a igreja

A gênese da cidade tem alguns elementos vitais. Começa pela função portuária do Jaraguá, inicialmente, como sustentáculo do comércio marítimo e lagunar de mercadorias coloniais.

A intensificação desse fluxo acontece por volta do século XVIII, quando Massayó deixa de ser povoado e se transforma em vila, graças à economia do açúcar. Maceió nasce no pátio de um engenho de açúcar, com uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, padroeira do Estado. Está na sua história.

Com a abertura dos portos, em 1808, as trocas econômicas com a Europa dinamizaram a vida colonial e a estrutura dos núcleos urbanos. Assim, o estabelecimento do comércio internacional através do Jaraguá levou à consequente elevação de Maceió para vila em 1815.

Um porto de fácil acesso, que permitia a saída do açúcar e os demais produtos, sem grandes embaraços ou despesas de transporte.

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As edificações que cerceiam o engenho que dá início ao povoado de Maceió. (Crédito: Reprodução Arquivo Pessoal Globo/TV Gazeta).

Para além do escoamento marítimo, Maceió ainda contava com as lagoas Mundaú e Manguaba, no limite do distrito com Marechal Deodoro, além do São Francisco, que desaguava em Piaçabuçu. 

As águas dos canais lagunares, que chegavam ao Atlântico, não só foram determinantes nos processos históricos e urbanos de formação do território alagoano, como estão intimamente ligadas à evolução de Maceió e sua herança cultural – por exemplo, como a cultura da pesca e o seu instrumental estão relacionados com a manifestação do bordado e do artesanato regional. 

Foram também por esses caminhos que eram transportadas mercadorias produzidas nas terras ribeirinhas, como a madeira e as peles de animais, muito abundantes no agreste e no sertão de Alagoas, mas pouco exploradas na historiografia local.

Maceió definia fluxos, caminhos, defendia a costa e ocupava a borda atlântica. À essa altura, três espaços demarcavam territorialmente o que viria a se tornar a capital: Jaraguá, próximo ao mar, Massayó, no platô intermediário, e o Poço, no sopé do morro. 

Massayó correspondia às terras povoadas ao redor do engenho de açúcar, primeiramente regido por Manoel Antônio Duro, mas que depois ficou conhecido pelo engenho de Satuba, nome dado, hoje, a uma cidade vizinha à capital, localizada perto do aeroporto.

Com a emancipação administrativa de Alagoas, em 1817, o então governador Sebastião de Melo e Póvoas, iniciou o processo de transferência da capital para Maceió, um processo tumultuado e que encontrou resistência. Esse desenrolar rendeu alguns bons anos, até que uma intervenção militar, em 1839, marchou sobre a cidade em nome da ordem e da estabilidade política, definindo a nova sede da Capitania.

A partir daí Maceió consolida seu desenvolvimento administrativo, legislativo e jurídico. Começa uma nova fase no comércio e na industrialização. De lá para cá, não só a capital, mas todo o estado, ganharam grande destaque na rota do turismo. Praias paradisíacas, planos angulares, a sensação do inóspito e a história de um povo que nasceu e cresceu acompanhando os melindres dessas terras. 

De um povo que nunca esquecerá suas raízes e que sente orgulho delas. Que da rede de pesca transformou o bordado e que virou expressão artística característica da região, que até hoje é perpetuada geração após geração. 

Povo ribeirinho. Povo que vive entre lagoas, Alagoas.

O que fazer em Maceió: a orla mais bonita do Brasil e suas praias irresistíveis

Começamos o texto afirmando: Maceió possui uma das orlas mais bonitas do mundo. Quiçá a mais bonita delas. A trinca Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca é um colírio aos olhos. É realmente um choque cognitivo. É difícil compreender como uma cidade tem um mar tão bonito banhando. 

Ao passar pela orla, sob qualquer perspectiva, é difícil que seu olhar não salte para o azul radiante que grita no horizonte infinito. Ainda mais quando a maré seca. Isso porque, as praias de Maceió, assim como praticamente todas as outras de Alagoas, sofrem com as alterações da tábua de marés. De como a maré reage dia após dia. E de como sua experiência influi dependendo dela.

Basicamente, a maré funciona por meio da atração gravitacional das massas. Temos a massa da Lua atraindo a massa de água da Terra. Isso é uma conta que vai se alterando todos os dias. Você tem dois períodos de maré cheia e dois períodos de maré baixa. 

Com a maré baixa, você encontra um aspecto de piscina natural, com águas calmas e translúcidas. Mais do que isso: existem dias que a maré seca tanto, que você consegue andar mar adentro, entre os arrecifes e com a águas aos pés. 

Pajuçara – a casa das Jangadas

O banho na Pajuçara tem todas as características descritas acima. É uma experiência completa, além de ser a parte da orla que conta com a melhor estrutura pública para ocupar, com quadras de beach tênis, vôlei, futevôlei, basquete e futebol. Talvez seja o lugar onde você mais encontra o povo de Maceió usufruindo dos espaços de sua cidade.

Mas o que não pode faltar aqui, para ter uma experiência alagoana de verdade, é embarcar com um jangadeiro. A história das jangadas para esse povo é um motivo de muito orgulho.

Isso porque houve uma célebre expedição, em 1922, que levava quatro pescadores em uma pequena jangada rumo ao sul. A embarcação, que era formada por seis paus e um pequeno mastro com vela, não levava nenhum aparelho de navegação. 

A ousada viagem fazia parte de uma série de homenagens que várias colônias de pescadores realizaram como contribuição aos festejos do Centenário da Independência do Brasil, que aconteciam na então capital federal, o Rio de Janeiro. 

Vários estados brasileiros enviaram embarcações, mas poucas navegaram por todo o trajeto e nenhuma o fez com uma frágil jangada. Os jangadeiros alagoanos chegaram ao Rio com o reconhecimento da resistência de seu povo. 

Assim, o passeio de jangada é obrigatório, além de ser uma delícia navegar com vento na cara e pés na água, sob comando de algumas das pessoas que mais conhecem a região. A Pajuçara é a casa dos jangadeiros em Maceió.

É de lá, justamente, que você pode ir até as piscinas naturais, um dos passeios mais famosos da cidade.

Piscinas naturais da Pajuçara – um ângulo diferente da cidade

20 minutos de jangada, você atraca em uma croa no meio do oceano. Ali, no ventre do mar, o visual para a orla urbana da cidade é simplesmente ridículo – no sentido mais positivo da expressão. Há quem sente e relaxe no banco de areia que se forma para contemplar a vista e há quem se aventure nadando pelo meio dos arrecifes. 

No centro desse oásis, para adicionar um tempero na equação, há jangadas com “serviço de praia”, as quais você pode comer e beber à vontade – literalmente. Cervejas, drinks, refrigerantes, petiscos. O passeio precisa ser feito durante a maré baixa e costuma durar 2 horas, então é muito comum consumir. Fora que estar naquele paraíso pede por um tira gosto, não?

O que fazer em Maceió - Piscinas Naturais
Piscinas naturais da Pajuçara: um oásis no meio do oceano. (Crédito: Ponta Verde)

Maceió faz parte da Costa dos Corais, a maior unidade de conservação federal costeiro-marinha do Brasil. São 120 quilômetros de extensão, formados por 440 mil hectares, que passam por 13 municípios, da própria Maceió, até Tamandaré, em Pernambuco. 

Composta por três sistemas distintos, a Costa dos Corais ainda avança 33 quilômetros mar adentro. A Mata Atlântica, na área terrestre, o manguezal, formado pela foz dos rios e a floresta submarina. É um verdadeiro aquário natural. 

Vislumbrar essa extensão de vida marinha, na orla de uma capital, é uma experiência fora de série e do comum. É esse o choque cognitivo que batemos na tecla aqui. É muita vida, para tanto concreto e para a verticalização iminente de uma cidade que ainda há muito para ser desenvolvida.

Um passeio, no coração da cidade, que já te dá uma ideia do que o estado pode te oferecer em áreas mais inóspitas.

Ponta Verde – a esquina mais charmosa do Brasil

A Ponta Verde é a esquina da Avenida Ipiranga com a São João. São os arcos da Lapa. É música, é poesia. É o imaginário, é o cartão. É na Ponta Verde onde está o farol. A luz guia para o mar.

É também na Ponta Verde que você está estrategicamente posicionado para conhecer a Pajuçara, mais ao sul, e a Jatiúca, mais ao norte. É onde você pode usar como base e se movimentar com mais fluidez por Maceió e Alagoas.

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Farol da Ponta Verde, talvez o maior cartão-postal de Maceió. (Crédito: Lucas Meneses via Pexels)

É o melhor lugar para tomar banho na orla de Maceió. É onde você vê a maior influência da maré e encontra diferentes versões de praia a cada dia. É o lugar que quando seca, todas suas pedras e corais ficam realmente à mostra. 

É onde você também irá encontrar a areia mais branquinha, com a menor profundidade da encosta. Quando a luz dos dois sóis de Alagoas bate nessa superfície, a tonalidade característica do azul-esverdeado aparece. As cortinas se abrem e o show da Ponta Verde te entrega endorfina.

Além disso, a Ponta Verde é casa de alguns dos principais beach clubs de Maceió, como o Kanoa e o Lopana. Você não precisa se aperrear: por aqui você encontrará toda a estrutura das melhores barracas da região, para atender quaisquer necessidades que você tiver durante um dia de praia. Para finalizar, o pôr do sol atrás do farol ainda é uma das coisas mais lindas da capital. É um conjunto da obra, que faz com que colocar essa esquina da cidade dentro do seu roteiro, certamente se tornará uma das escolhas mais especiais.

Jatiúca – movimento na praia, movimento fora da praia

Quando a maré está seca, a Jatiúca segue a regra de suas vizinhas – salva uma diferente coloração em sua areia, aqui em um tom mais avermelhado. O mar, consequente ao reflexo do sol na água, possui tons mais esverdeados do que azuis. 

Com a maré alta, as ondas se tornam um pouco mais agitadas em relação às outras praias. O banho fica mais descaracterizado desse imaginário de piscina, de mar calmo.

Entretanto, é interessante notar que não há nenhuma divisão que separa as praias Jatiúca/Ponta Verde/Pajuçara. É uma extensão marítima, cuja cisão é formatada administrativamente pelo território terrestre de Maceió. 

O que fazer em Maceió - Ponta Verde
Encontro da Ponta Verde com a Praia da Jatiúca, perfeita para o banho quando o mar está calmo. (Crédito: Ponta Verde)

O mar que banha é o mesmo, o que acaba mudando são as características de relevo de cada pedaço da encosta. Em um dia bom, você encontra um banho maravilhoso na Jatiúca, da mesma maneira que na Ponta Verde e na Pajuçara, mas aqui, quando cheio, o mar tende a avançar mais do que nas duas outras praias.

Além desses aspectos naturais, a Jatiúca talvez seja o bairro mais movimentado da trinca da cidade baixa. Forte na gastronomia, tem um charme único e que a diferencia dos demais. 

Andar pela Amélia Rosa ou pela Avenida Jatiúca está intimamente ligado à vida social dos alagoanos, assim como deve ser parada obrigatória para aqueles que por aqui passam e querem conhecer um pouco mais do lado noturno de Maceió.

O que fazer em Maceió: passeios culturais

Falamos um pouco sobre a formação histórica de Maceió, a importância do Jaraguá e sobre a influência dos canais lagunares Mundaú-Manguaba e do São Francisco, que estão conectados à evolução da herança cultural de Alagoas. 

O exemplo foi a cultura da pesca, do seu instrumental e da intersecção do fenômeno regional do artesanato, influenciado diretamente pelos portugueses franciscanos que por aqui se instalaram.

Daí surgem expressões artísticas maravilhosas, como o bordado Boa Noite, da Ilha do Ferro, no Baixo São Francisco, e o filé, no Pontal da Barra, aqui em Maceió. Tanta história exala em alguns passeios culturais que você pode fazer pela capital. Confira!

Pontal da Barra – o berço do filé, artesanato característico de Alagoas

O Pontal da Barra é morada de artesãos, pescadores e o berço da maior jóia do artesanato alagoano: o bordado filé, considerado Patrimônio Imaterial do Estado. A técnica é uma uma manifestação cultural que floresceu sob as margens do complexo estuarino Mundaú-Manguaba.

O charme vem de um ar provinciano dentro da capital alagoana. Banhado pela Lagoa Mundaú, tem ares de história, ares de tempos de outrora. Ruas estreitas, mas cheias de simbolismos e significados, que representam a história de um povo que se dedica incansavelmente ao trabalho e à herança cultural – e disso tira seu sustento. 

Os ateliês de filé são de garagem, um ambiente aberto para um café e uma boa conversa, enquanto as rendeiras bordam e com seus bordados contam justamente essa história. História não. Histórias. Essas que perpetuam, com graciosidade, a cultura de Alagoas, através de peças de cama, mesa, banho e decoração. 

Etimologicamente, filé é uma modificação do francês “filet”, que significa rede, numa clara alusão ao ofício da pesca com redes. O momento exato em que surgiu é desconhecido, mas o processo com o qual foi criada e desenvolvida a técnica não deixa dúvida de que sofreu claras influências dessa questão do instrumental da pesca.

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Filezeira, à beira da Lagoa Mundaú, no Pontal da Barra. (Crédito: Luis Eduardo Vaz)

A técnica consiste num trabalho de tecelagem manual disposto sobre uma base em rede. A primeira etapa do trabalho prepara essa rede, com linha resistente utilizada em agulha de jenipaparana, uma árvore característica na região.  

A agulha é igual àquela utilizada para a confecção da rede de pescar, embora menor e mais fina. A dimensão da malha é definida pelo molde e pela palheta de bambu, que precisa ser bem polida. Depois de pronta, a rede é logo engomada para facilitar o trabalho e, em seguida, esticada no tear.

A filezeira, com uma agulha de metal, essa mais grossa, enche a rede com bordados de linha de seda em fio duplo. A Rua das Rendeiras, certamente, é o grande destaque do Pontal da Barra. É o grande ponto de imersão para toda essa cultura. 

O bairro ainda reúne algumas das melhores opções gastronômicas de Maceió, principalmente pelo frescor do que sai da lagoa Mundaú. Não deixe de provar os pratos com sururu e maçunim, ambos encontrados em abundância nas águas que banham a região.

Boa parte dos restaurantes funcionam também como receptivos turísticos, oferecendo o famoso passeio das Nove Ilhas, onde, a bordo de um catamarã ou uma lancha, você pode conhecer ilhas localizadas no leito da lagoa e no encontro dela com o mar.

Ah, não deixe de ver o cair do sol no Pontal! É uma daquelas experiências inesquecíveis que você pode ter em Maceió!

Mercado do Artesanato – o lugar perfeito para quem ama se perder entre peças e bordados

O Mercado do Artesanato fica no bairro da Levada, próximo ao centro de Maceió. Fica em frente ao Mercado da Produção e ao lado da estação que leva justamente o mesmo nome da VLT. É um antro do trabalho manual no couro, na madeira, no barro, na renda, no bordado, na palha, na cerâmica – e tudo em um preço absurdamente acessível.

Se sua praia é essa – liberdade artística para o trocadilho -, o Mercado do Artesanato, junto ao Pontal, é o ponto alto do roteiro para você visitar. Um complementa a experiência do outro. Aqui é menos lúdico, mas equivale quase à Disneylândia.

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O Mercado do Artesanato é um arauto para aqueles que gostam de peças feitas de barro e cerâmica. (Crédito: Marco Ankosqui via Flickr)

Se perder pelos caminhos do pátio do mercado, entre jarras de barro, esteiras de palha e diferentes tipos de bordados, é uma armadilha – nos dois sentidos. 

Pelo lado bom, é um deleite ver tanta coisa linda. Pelo lado ruim, é uma ruína ver tanta coisa linda, mesmo sendo um lugar bem barato. Tanta possibilidade te deixa em êxtase e é difícil não voltar com o porta-malas cheio.

Destaque para as grandes tábuas de madeira. Peças robustas, de madeira maciça, para bancadas mais espaçosas de cozinha. Daquelas tábuas que irão te acompanhar pelo resto da vida – e que aqui você consegue encontrar por um preço mais justo. 

Além disso, destaque para as redes de chita. A técnica, característica do Nordeste, pode ser encontrada no Mercado do Artesanato, também por um preço bastante acessível. É uma rede mais linda que a outra, de todas as cores, estampas e tecidos. 

É de enlouquecer entrar em uma das galerias e ver todas as seções de chita, organizadas de forma metódica e sistemática, uma ao lado da outra, mas que caoticamente misturam cores e trazem o contraste do cru com o das cores mais vivas.

Por fim, o trabalho com fibra de coco também é interessantíssimo. A fibra pode ser usada como matéria-prima para o artesanato, principalmente na confecção de vasos e placas para plantio. É um vaso mais charmoso que o outro, de todos os formatos e tamanhos, para plantas de pequeno, médio e grande porte. Quer colocar um cacto? Serve. Uma jibóia? Serve. Uma densa samambaia? Serve.

O mercado funciona de segunda a sábado, das 7 às 17 horas. Aos domingos, ele funciona das 7 horas ao meio dia. 

Jaraguá – o peso da história de Maceió e seus arquivos

As ruas e construções do Jaraguá foram testemunhas do crescimento de Maceió e Alagoas. Elas respiram história. É lá que, em 1808, com as aberturas dos portos, as trocas econômicas com a Europa passaram a dinamizar a vida colonial e a estrutura dos núcleos urbanos. 

Assim, o estabelecimento do comércio internacional levou à consequente elevação de Maceió para vila em 1815. Um porto de fácil acesso, que permitia a saída do açúcar e demais produtos do engenho de Massayó e da região do sopé do morro, no Poço, sem grandes embaraços ou despesas de transporte.

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Jaraguá carrega consigo o peso da história de sua cidade. (Crédito: Jennifer Macieira via Flickr)

A silhueta que traz a sensação de viver tempos de outrora é fruto de uma arquitetura do século XIX, influenciada diretamente por Portugal. As características das primeiras construções seguiam um estilo colonial, com sobrados baixos, porém com biqueiras largas e grades em madeira. Ao longo do tempo, essa construção passou a ser substituída pelo estilo greco-romano e as duas tipologias ainda podem ser observadas nas ruas do Jaraguá hoje em dia.

Por lá, você poderá passar pela Associação Comercial de Maceió, que data 1928. A construção em estilo neoclássico impressiona por sua imponente fachada com majestosas colunas – justamente – greco-romanas. Hoje em seu interior é possível encontrar documentos e itens utilizados no comércio local no início do século XX, além de uma infinidade de outros objetos que registram algumas transações comerciais importantes para Maceió e todo o estado.

Para a galera do audiovisual, o MISA – Museu da Imagem e do Som de Alagoas -, criado em 1981, é recheado de fotografias, fitas cassetes, negativos, slides e livros que contam histórias de Alagoas e seus personagens.

O APA – Arquivo Público de Alagoas – é especializado em assuntos referentes ao estado de Alagoas e autores alagoanos e dispõe de uma rica coleção de impressos, manuscritos e documentos originais que começam desde o século XVIII.

É também no bairro que está o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional -, responsável pela preservação do patrimônio cultural brasileiro. Criado em 1937, por Getúlio Vargas, você encontrará por lá diversas obras que contam histórias do patrimônio material e imaterial de Alagoas.

O que fazer em Maceió: gastronomia vibrante em seus aromas e sabores

Viajar está intimamente ligado à gastronomia. Você pode olhar sob a perspectiva daqueles que estão viajando para relaxar – uma boa refeição é um daqueles prazeres da vida. Potencializa a experiência. 

Você pode olhar também sob a perspectiva daqueles que estão viajando para conhecer um diferente tipo de cultura, expandir sua ideia de mundo. Qual expressão é melhor para chegar até esse objetivo do que a comida? Do que o acolhimento e a troca através do alimento? 

De um jeito ou de outro, viajar está intimamente ligado à gastronomia. Principalmente se você vir para o Nordeste. Tem algo a mais de especial nesse sentido. É um povo que acolhe através da comida. 

Se você está preocupado ponderando se Maceió entrega ou não um serviço gastronômico de excelência, de verdade, não se preocupe. Hoje a oferta é gigantesca. Você terá opções para passar o dia na praia e outras de sobra para sair à noite e curtir.

Kanoa Beach Bar Maceió – estrutura pé na areia para você curtir um dia de praia

O Kanoa incorpora a clássica ideia do bar de praia, da estrutura de praia: apoiar o dia de quem por lá fica, para consumir e tomar banho de mar, e servir para a orla como uma opção noturna de entretenimento e gastronomia.

Entrega esse formato com excelência, com um serviço parrudo de infraestrutura beira-mar. Lá, você não precisa se preocupar. Você terá acesso a banheiros, duchas, lugar para trocar de roupa, espreguiçadeiras, mesas para dois, mesas para grandes grupos, guarda-sóis, espaço coberto, DJs e música ao vivo. 

É a estação caso você queira ir para a praia, apertar o botão desligar e não se preocupar com mais nada. No Kanoa tudo é resolvido para que você tenha um dia completo. Um ambiente sem floreios, mas elegante na sua proposta, que toda hora te direciona para o que realmente importa ali: a imensidão do mar.

A cartela de caipifrutas é notável e os frutos do mar são carro-chefe da casa. Uma ótima opção para almoço é o arroz de polvo. 

O arroz é cozido e o polvo e os camarões são refogados no azeite e no leite de coco. Para acompanhar, vinagrete e lâminas de champignon. É um típico prato nordestino, que investe no leite de coco para pegar o caldo do polvo e do camarão e criar uma espécie de molho temperado com o próprio sabor do prato. É o conceito das peixadas, das moquecas. Vale muito a pena.

Endereço:

Lopana – um beach club para você aproveitar além do dia

O Lopana é um semelhante ao Kanoa em termos de proposta. Cada um com suas características e seu estilo, claro, mas no centro está a ideia de apoiar o dia de praia e servir como uma opção noturna para a orla.

Ao descrever o Kanoa, focamos no aspecto do dia. Aqui focaremos no aspecto da noite, só para não cair na redundância do texto e a narrativa fluir. Os dois entregam esses mesmos tipos de serviço, só vamos mudar a perspectiva para não falar as mesmas coisas nessas duas seções conseguintes. 

O Lopana é um ambiente incrível para passar o fim de tarde e começo de noite. É um ambiente naturalmente arejado pela maresia, que você tem acesso direto à praia e o cardápio é ótimo para quem quer petiscar e tomar bons drinks. Além disso, o bar conta com uma agenda de DJs e apresentações ao vivo toda semana.

Mas chegue cedo! Pegue o pôr do sol: você estará na Ponta Verde com a Pajuçara, é daquelas coisas indescritíveis. Tende a encher conforme a lua sobe.

Justamente esse clima de luau favorece muito as estruturas rústicas, porém propositais, da cabana charmosa do Lopana. Você pode ir com a família, com os amigos, ou em uma ocasião mais romântica. Funciona bem, oferece um bom serviço, a música não é invasiva, você está em contato com a areia e a maresia é um refresco após um dia castigado pelo sol.

Destaque para a mini bruscheta de beiju. Pura criatividade e uma receita totalmente autoral! São discos de beiju gratinados com filé de camarão e queijo parmesão, acompanhados de molho pesto. Para harmonizar, um “Sunset”, preparado com gin Tanqueray, morango, tangerina e xarope de pimenta. Combinação perfeita. 

Endereço:

Janga – a casa dos frutos do mar de Maceió 

O Janga é o lugar se você está procurando por frutos do mar em Maceió. Falamos sobre viajar estar intimamente ligado à gastronomia, por uma percepção cultural, da culinária regional. Essa e a próxima indicação então dentro dessa caixinha.

Aqui, por questões de uma gastronomia litorânea, fresca, do produto próximo ao mar. Ao viajar sob a perspectiva de estar em uma cidade costeira, com características da pesca em sua historiografia, é natural pensar em comer peixes e frutos do mar frescos, com uma qualidade que fuja do comum.

Você vai suprir a vontade desse imaginário no Janga. Um antro para esse tipo de gastronomia. Um lugar elegante, funcional e agradável de ter uma refeição entre amigos ou família. 

A comida equivale ao que é contrapartida financeiramente e você sai, para além de muito satisfeito com sua experiência, farto com a bela porção servida. A recomendação fica para o “Navegador”, um prato com peixe grelhado, coberto com lâminas de alho e tomate cereja, puxado no azeite e acompanhado com risoto de camarão e tomate seco. Pode ser robalo ou tilápia, tem camarão e o risoto é irresistível.

A carta de vinhos é rica e você recebe orientação proativa e devida para harmonizá-la com o cardápio da casa. Já que a sugestão ficou para o Navegador, um ótimo rótulo para acompanhá-lo é um Miluna Bianco, leve e que traz o frescor necessário para realçar os sabores marcantes do prato.

No Janga você não se sente sozinho. O salão é bem distribuído, mas há sempre alguém com olhar de falcão pronto para atendê-lo, caso solicite. Vale muito a pena passar por lá, tanto no almoço, quanto no jantar. Por estar de frente para a praia, acaba sendo sempre uma ótima pedida. 

Endereço:

Bodega do Sertão – a maior experiência regional que você terá na capital de Alagoas  

Em Maceió, o Bodega do Sertão é a outra ponta da experiência regional. Se na recomendação anterior falamos sobre a perspectiva litorânea, aqui é uma coisa que abrange o agreste, o sertão, a coisa do interior, do guisado, da galinha, do carneiro, do cuscuz.

É outra categoria de comida. Outra referência cultural. Alimento que vem da horta e da criação de animais, originário de pequenos conjuntos familiares sertanejos. Refeições carregadas no ensopado, nas raízes cozidas, na carne assada e nos temperos da terra.

Sabe a questão do acolhimento? O povo alagoano, sobretudo o interiorano, acolhe muito com a comida. Tudo é um banquete. Mesmo com pouco, são pessoas que lhe dão muito ao receber.

Nada mais justo que honrar essa tradição, na proposta mais diferenciada do restaurante: um grande fogão a lenha, aquecendo mais de 80 panelas, com diversas receitas, a qualquer momento, para se servir o quanto quiser, tudo à sua disposição. Um verdadeiro banquete.

Para além da gastronomia, o Bodega é uma experiência de ambiente. Você estará imerso dentro de um exercício que homenageia os grandes simbolismos dessas terras. Decoração, vestimentas, música ambiente e música ao vivo. Tudo é uma ode à Alagoas e ao Nordeste.

Endereço:

Wanchako – o restaurante mais premiado de Maceió, com foco na gastronomia peruana

O Wanchako é a casa do Peru na capital de Alagoas. Ganha um toque especial sob o comando da renomada chef Simone Bert.

O restaurante tem duas coisas que fazem toda a diferença nas mãos da chef: estar muito próximo da balança de peixes da Ponta Verde e o intercâmbio de ingredientes e pimentas que Simone importa de suas viagens ao Peru, feitas de meio em meio ano. Ingrediente fresco e ingrediente originário da terra de sua gastronomia.

Por essas idas e vindas, acaba que o cardápio é sempre renovado. A chef inclui sempre pratos novos, trazendo o que há de mais vanguardista da culinária peruana. 

O destaque, entretanto, não tem como não ficar para as opções de ceviche, a clássica entrada andina: ceviche de pescado, ceviche misto, ceviche costaneira, ceviche triplo, ceviche de lagosta, ceviche de nazca, festival de ceviches, tiradito wanchakero, tiradito alfresco, ceviche hermoso. É muita coisa – e uma mais deliciosa que a outra.

O ambiente é bastante acolhedor, com as paredes com tons quentes, cadeiras de fibras naturais, mesas de granito negro e com decoração que honra a cultura do Peru.

O Wanchako já foi eleito pela Veja como Melhor Restaurante de Maceió, o Melhor Restaurante para ir a Dois em Maceió, o Melhor Restaurante de Pescados de Maceió, o Melhor Restaurante Internacional de Maceió, a Melhor Chef (na Categoria Frutos do Mar) de Maceió e o Melhor Camarão de Maceió.

Também foi eleito pelo Guia da 4 Rodas como o Melhor Restaurante de Culinária Peruana do Brasil.

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Maria Antonieta – um clássico, com uma bíblia de vinhos à disposição

Com uma enorme árvore de ferro iluminada bem no centro do salão, acompanhada de uma parede de vinhos vasta e incrível, o italiano Maria Antonieta traz para Maceió uma mistura de sabores que leva àqueles que o procuram a navegar através do Atlântico rumo ao continente velho sem se mexer do lugar.

A variedade de pratos é imensa, desde polentas, todos os tipos de massas que você imaginar, carnes vermelhas e brancas, risotos, doces típicos. Sobretudo, o Maria Antonieta ganha pela qualidade na execução de seus pratos. É um cardápio extremamente tradicional, que faz uma homenagem escancarada ao País da Bota, mas com uma execução que não vai te deixar na mão, que vai certamente corresponder às expectativas. 

Além disso, os vinhos são dos melhores. O restaurante é o mais premiado da cidade em termos de excelência à disposição em sua cartela. Variedade e rótulos que impressionam. 

Se italiano já gosta de comer, gosta mais ainda de acompanhar com um bom vinho. Se a proposta é servir uma gastronomia que honra as tradições desse povo, mesmo que ainda tenha algumas adaptações para brasilidades, como sempre é de costume, o Maria Antonieta também cumpre muito bem sua missão em entregar ótimas opções de vinhos para harmonizar com seu cardápio.

O ambiente, com direito a piano tocado ao vivo, faz do restaurante uma das melhores opções para ter uma refeição refinada na capital alagoana.

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Hatsu Izakaya – o suprassumo da comida japonesa

O Hatsu Izakaya tem uma única bancada e um pequeno salão com algumas mesas dentro. Honra e homenageia, em absolutamente todos os aspectos, os grandes da gastronomia japonesa. É o tipo de experiência que aposta no simples – e é no simples que você descobre a alquimia mais incrível e complexa do mundo.

A verdade é que hoje a oferta para esse tipo de comida é gigantesca. E por ser gigantesca, sua régua de medida fica lá em cima. Você sabe o que esperar de determinado tipo de prato. Uma porção de hossomaki, simples de executar e presente em quase todos os combos ou rodízios Brasil afora. Parece uma peça simples e sem nenhum atrativo diferencial.

No Hatsu, um hossomaki se torna uma experiência inesquecível. É desse simples que você vê a alquimia maluca de algo se tornar complexo de se compreender a magia. Textura, sabor, qualidade do ingrediente, cuidado no preparo, o shoyu que acompanha. Tudo está em sintonia. 

Parece que é outra jogada, entra em outra categoria. Não só um hossomaki, mas uma tigela de cogumelos na manteiga. Você vê que o ingrediente é de uma qualidade muito superior ao que encontramos por aí. Maciez, sabor acentuado, sem gordura ou oleosidade. Como tudo que é servido no Hatsu, equilibrado e em sintonia.

É um eterno dilema: “eu acabei de comer algo muito gostoso e que eu amaria repetir, mas se isso é tão gostoso, o que eu posso experimentar na sequência que seria tão bom quanto?”. E aí você se surpreende com um tartar de salmão. Uma entrada totalmente fora da curva.

A ambientação dá início à essa seção porque é clara a alusão às principais casas desse tipo de culinária ao redor do mundo. Pequena, intimista e com uma bancada que serve de arauto ao preparo minucioso daquilo que para a cultura japonesa significa troca de energia.

Não é um lugar para comer de montes, mas é um lugar para comer com elegância. Peça um pouco de tudo e aprecie. O Hatsu te entrega uma experiência inesquecível da gastronomia oriental, independente de onde você estiver no mundo. Calha que ele está em Maceió.

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Najuany Bistrô – intimismo de um bistrô francês em terras alagoanas

No Najuany você tem a opção de comer uma gastronomia francesa em um intimista e aconchegante bistrô. Com luzes baixas e em uma tonalidade mais quente, você é transportado para ares mais europeus, proposta totalmente diferente das demais recomendações.

Vale o destaque aqui, por exemplo, porque é um lugar onde você pode encontrar um belíssimo magret de pato. Se for botar em perspectiva, para analisar mesmo, em geral, é difícil encontrar bons cortes de carne aqui em Alagoas. Ainda mais: em geral, é difícil encontrar quem faça boas receitas com pato, não só em Alagoas. 

Encontrar em Maceió quem atenda bem ambos os critérios é fugir do convencional e faz valer a sugestão.

A preparação do Najuany é grelhada ao molho de amoras, acompanhada de risoto de parmesão. Uma delícia. Ótima para acompanhar com um italiano Primitivo di Manduria, das uvas de vinhas velhas, que puxam na ameixa e cereja e evoluem para notas de tabaco e especiarias.

Com o potencial da carne vermelha do pato, a harmonização fica ótima e é uma opção digníssima para fugir do roteiro tradicional da cidade. 

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Hotel Ponta Verde é a hospedagem perfeita para você viver todas essas experiências!

O Hotel Ponta Verde, para além da excelência de seu serviço, já começa com uma experiência bem interessante. É o único hotel de Maceió, que por onde todos os cômodos que você passa, você tem uma vista direta para o mar. Modernizado recentemente, todas as paredes apontadas para a orla são de vidro e até a posição com a qual a recepção é direcionada te coloca com vista direta para o horizonte azul. 

o que fazer em Maceió
Hotel Ponta Verde Maceió tem posição estratégica na capital alagoana. (Crédito: Ponta Verde)

Nas acomodações, o visual fica ainda mais impressionante, principalmente se você pegar Maceió naqueles dias de maré bem baixinha – normalmente oriundos da semana de Lua Cheia. Mesmo com uma bela televisão para te entreter nos momentos de tranquilidade, os olhos certamente voltarão o foco, hora ou outra, para o cinematográfico vitro, que te oferece um brinde ocular com a vida, em sintonia com uma natureza que – mais uma vez – traz um choque cognitivo difícil de assimilar.

No comando da gastronomia, o Restaurante Dona Ana traz um repertório afetivo e que valoriza o regional. O espaço tem uma arquitetura mais intimista, com iluminação baixa, e que aposta na elegância do cimento queimado para trazer algo sóbrio, contrastante ao excesso de iluminação que invade os vitrais. Destaque ainda para a parede com textura feita da casca do sururu, um tempero a mais para a ambientação do restaurante.

Você pode esperar conforto e assessoria para quaisquer necessidades que lhe aparecerem durante sua hospedagem no Hotel Ponta Verde Maceió. Em termos de serviço, são mais de 40 anos de repertório sobre como te atender da forma mais humana e eficaz possível.

Caso tenha interesse em saber mais sobre as instalações e condições de reserva do Hotel Ponta Verde Maceió, é só clicar aqui!

Quantos dias passar em Maceió?

Você consegue montar diferentes roteiros conforme sua disponibilidade de tempo e pretensão de adentrar nos caminhos de Alagoas. Temos um matador de 7 dias, que você também pode conferir aqui

Para aproveitar grande parte da experiência proposta aqui, recomendamos um roteiro base de pelo menos 4 noites em Maceió. Isso para curtir as praias com calma, dar uma atenção para o lado cultural da cidade e conseguir ter noite o suficiente para descobrir sua diversa gastronomia.

O que você pode fazer perto de Maceió?

Mas caso você esteja flertando com as possibilidades que o destino pode te entregar, há algumas ótimas opções sobre o que você pode fazer perto de Maceió, sem se deslocar muito e ainda assim ter uma ótima variedade de experiências inesquecíveis.

Ao sul, você logo dá de cara com a majestade das lagoas Mundaú e Manguaba, que você pode aproveitar nos bairros da Massagueira e da Barra Nova, em Marechal Deodoro. 

Um pouco mais a frente, você encontra uma das praias mais completas em termos de infraestrutura e gastronomia em todo litoral: o Francês. Temos um guia completo sobre o destino, que você pode conferir clicando no link. 

Ao norte, você adentra mais ainda nas características da Costa dos Corais e é onde Alagoas tem no imaginário das pessoas seus principais cartões postais. Garça Torta, Ipioca, Paripueira. Tanta coisa linda, tão pertinho da capital.

MONTAMOS UM GUIA COMPLETO, onde selecionamos três destinos ao sul e três destinos ao norte, que definitivamente vão te deixar de queixo caído e ávido por voltar para essas terras na primeira ocasião que tiver. 

Porque essa não é a história toda – e cada viagem para cá aguarda uma surpresa diferente.

Conhecer Maceió vale a pena?

Para as considerações finais, vale puxar o gancho dessa última frase. Cada viagem para cá sempre aguarda uma surpresa diferente. Maceió é sobre isso. Existe roteiro base, existe roteiro que expande para o resto de Alagoas, mas se você começar a cavucar, tem coisa para descobrir por anos e anos. 

Quem mora aqui não descobre tudo o que essa cidade e esse estado tem para contar.

Porque esse é o tipo de turismo que, para além do cenário paradisíaco, é o turismo de pessoas. De conhecê-las e de ouvir suas histórias. O turismo da troca, de dar um pouco e de receber um montão. Porque é assim com esse povo. Dão de monte. É uma alegria imensa passar por Maceió.

Tudo aqui passa pelo tal choque cognitivo. Desde se impressionar pela beleza natural de suas praias, até se encantar com a receptividade de um sorriso. Esse combo te deixa mais leve. Quando você vai ver, como disse Luiz Gonzaga, o coração fica.

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"Hotel aconchegante. Quarto ótimo, espaçoso, tudo novo e arrumado, Café da manha com muita variedade, tapioca perfeita. Hotel dispõe de guarda-sol e serviço na praia. Foi uma estadia impecável. Muitas opções ao redor e lanches a noite."

darliene oliveira

  • 5
de 692 incríveis avaliações