“Esse é o reino da alegria
Esse é o reino da alegria
Tudo pode ser
Nada vai acontecer, não tema”
Esse é o trecho de uma música de Mombojó, mas que virou cântico dos surfistas do Francês. Nada vai acontecer, não tema, afinal, esse é o Reino da Alegria. A Praia do Francês, o surf no Francês, é o Reino da Alegria. Tudo pode ser, tem onda o ano inteiro.
Não é só da música de Mombojó que o Reino da Alegria foi entoado. Nas películas de “Samba, Trance & Rock ’n’ Roll” e “Quintal de Casa”, os tubulares do Francês também já posaram excelsos para as câmeras.
Falar sobre o litoral de Alagoas, é normalmente elucidar o imaginário das praias de águas calmas, translúcidas. Em sua maioria, funcionam com a maré seca, que é quando você encontra esse aspecto de piscina natural.
Quando você encontra o Francês assim, devido à tábua de marés, é um azul-esverdeado, que contrasta com a barreira de corais, com o branco da areia e com o verde dos coqueirais. É o imaginário. Dá para nadar, mergulhar, boiar, sentar com a água no meio do corpo. Realmente uma praia completa.
Só que a Praia do Francês contempla uma enseada extensa. Essa barreira, que protege a invasão do mar e forma a parte mais calma para tomar banho, acaba e abre espaço para um outro formato de praia que é igualmente, ou até mais, característico do Francês. A praia de surf.
O mar fica totalmente aberto e tem onda o ano inteiro. Inclusive, esse é um fator que torna o destino conhecido por todo o país. Enquanto muitas praias de surf dependem de temporada, no Francês é consistência o ano inteiro.
São ondas mais curtas, mas um surfe bem físico e dinâmico, atraindo surfistas de circuito mundial e do país inteiro. Casa de surfistas que já nos representaram e hoje nos representam em etapas preliminares e etapas do WQS, é destino certo para quem curte pegar uma onda de qualidade.
Os lugares para surfar na Praia do Francês
Basicamente, existem quatro lugares para surfar na Praia do Francês. É uma única extensão, sem divisão, mas que o mar começa a reagir de uma forma diferente conforme você vai percorrendo essa extensão.
Fortunato: próximo ao Atoatoa e indicado para quem está começando ou procura um surf mais leve
O Fortunato é provavelmente o pico de surf mais famoso do Francês, por ser o mais próximo ao centro do povoado. Como mais pessoas trafegam por lá, mais pessoas veem surfistas por lá. Fica bem de frente ao Atoatoa e à Vila dos Pescadores.É o lugar para quem quer aprender a surfar. A onda quebra rápido, mas abre o suficiente para tentar 3 ou 4 manobras. Um surf mais dinâmico e físico.
Leprosário: entre o Fortunato e o Coqueiral, já oferece um surf mais avançado
Em frente às ruínas do leprosário, aqui você encontra uma onda mais forte e surfa quem já conhece, quem já possui nível intermediário de surf. Quem já tem uma ambientação na água e, sobretudo, age com calma. São ondas mais oceânicas, a arrebentação é mais dentro do mar, você sofre mais fisicamente para entrar. É um surf que demanda mais.
Coqueiral: onde os tubulares começam a dar show
O surf no coqueiral exige conhecimento, exige preparação. Aqui as ondas seguem a tendência já do leprosário e são mais oceânicas, mas são onde acontecem os dias mágicos. Os tubulares dão seus shows no coqueiral e atraem surfistas de todo o país para pegarem onda no Francês.
Praia do Meio: o último pico de surf do Francês
É o final do coqueiral, é onde estão os profissionais surfando. Pode ser perigoso, porque é onde estão as grandes ondas, onde o negócio estoura, onde estão os grandes tubulares. Exige um nível de surfe avançado, mas é onde a coisa realmente fica interessante. Enquanto o coqueiral é um uísque 21 anos, mágico e equilibrado, aqui é um uísque 30 anos, para quem realmente conhece.
Praia do Francês é surf o ano inteiro, mas existe o épico
Normalmente quando o mar sobe, ou seja, quando as ondas aumentam de altura nos picos de surf, todo surfista tende a classificar isso como um swell. Se você ouve que o swell tá rolando, o mar tá estourando.
Um swell é uma onda de swell, ondas que se formaram em tempestades oceânicas bem longe da praia, que chegam a viajar milhares de quilômetros no meio do oceano, se distanciando muito das áreas tempestuosas aonde elas foram criadas, e chegam limpas e perfeitas na encosta. É a direção pela qual a onda percorre.
As ondas de swell são reconhecidas por serem “alinhadas”, chegarem em séries, e terem uma direção bem definida, praticamente igual para todas elas, exatamente como as ondas da piscina. Por causa dessas características, elas são as melhores ondas para serem surfadas.
As ondas de swell possuem muita energia, mas a maior parte desta energia é transportada embaixo da água. Na maioria das vezes elas passam despercebidas em locais profundos, onde elas têm uma pequena altura, mas quando elas se aproximam das águas rasas, a energia que estava embaixo da água começa a despontar na superfície.
As ondas de swell são extremamente funcionais para as características geográficas do Francês. Somada à essa condição de direção, você tem o vento.
Na praia, o melhor vento para o surf é o terral, que vai da terra para o mar, porque esculpe melhor as ondas, de forma que a parede demora mais tempo para quebrar. É onde estão os tubulares. Já o vento maral, que vai do mar para a terra, tende a deixar o mar mexido e faz as ondas quebrarem irregularmente, além de poder aumentar a correnteza. Facilita os aéreos, por ser mais dinâmico.
No Francês, você encontra normalmente o terral às 5 horas da manhã, quando o silêncio predomina e está tudo parado. Com exceção das ondas, com um tubular que cabe um carro dentro, quebrando e trazendo alegria para o reino.
Você pode conferir as condições de vento e formações de ondas através de sites como Surf Guru e Surf Forecast.
O surf no Francês é onda o ano inteiro, mas o épico acontece entre abril e maio, a “temporada” da praia. De vez em quando, esse épico tem seus lampejos, mas espere tirar uma curtição em qualquer momento do ano.
Surfistas que saíram da Praia do Francês para o mundo
Pioneiro do surf profissional em séries qualificatórias pela Liga Mundial de Surf entre aqueles que saíram do Francês, Amando Tenório marcou o cenário nacional com um estilo maduro e explosivo. Mais do que rasgar todas as ondas que surfou, mostrou a praia para o mundo.
Marcondes Rocha é outro personagem do Francês que surfava com uma velocidade fora do normal. Tinha curvas apertadas e radicais, oriundas do surf daqui. Rapidamente ficou conhecido como um daqueles surfistas que mereciam estar no campeonato mundial.
Esteve perto de ser campeão mundial júnior da ISA por duas vezes: ficou em 4º lugar em 1998 e 2º em 2000. No QS (qualificatórias) só venceu uma vez, mas fez várias diversas finais. Infelizmente nunca conseguiu fazer um ano forte de ponta a ponta e ao fim de quase 10 anos no circuito, acabou por se aposentar.
Bernardo Pigmeu é outro nome que agrega conquistas nacionais e internacionais. Começando pelo Campeonato Pernambucano, o qual ganhou três edições. Foi bicampeão nordestino, venceu o Brasileiro e chegou ao posto de melhor amador do mundo em 2000. Durante 14 anos, construiu sua história no circuito mundial de surfe, contando com duas temporadas na principal elite de surfistas do planeta.
Pigmeu disputou o WCT em 2005, mas não teve vida longa na temporada devido a lesões, que lhe tiraram de três etapas. Conseguiu ainda se reclassificar para o torneio do ano seguinte e foi vice-campeão em duas etapas, nas geladas ondas de Thurso, na Escócia, e em Tahara, no Japão.
Como aprender a surfar na Praia do Francês?
Você pode ter aulas de surf na Praia do Francês com Amando Tenório, que falamos na seção anterior, por exemplo. Destaque no cenário brasileiro de surf e um dos principais atletas profissionais do estado de Alagoas, atualmente ministra aulas com vídeo análise, preparo físico e muita técnica na água. Caso tenha interesse, só conferir o instagram da AT Surf School.
Onde se hospedar na Praia do Francês?
Para viver o potencial do surf na Praia do Francês, nada melhor do que estar perto do mar e acomodado em grande estilo, não? De frente ao mar e no coração da Praia do Francês, o Hotel Ponta Verde pega essa missão e dá conta do recado.
As características janelas de madeira, abertas todos os dias pelas ruas de Marechal, são referências para todo o conceito arquitetônico do Hotel, refletindo a tradição do casario secular do centro histórico local.
Todo o projeto do Ponta Verde honra a história de seu berço. Nos apartamentos voltados para o mar, as paredes e móveis são na cor branca, em alusão à areia de sua encosta. O objetivo, para além de homenagear o que é visto no privilegiado horizonte, também é atrair e reter melhor a iluminação natural.
Nos cômodos com vista para a vila, ou seja, aqueles que estão voltados para a direção de onde está a Lagoa Manguaba, as paredes possuem tons mais escuros, da cor da areia da lagoa. Estes recebem ainda móveis em textura amadeirada, remissiva aos barcos que navegam em suas águas.
Você pode ficar nos apartamentos Frente Mar e Vila, que funcionam de hospedagem de entrada. As coisas vão evoluindo a partir do Garden Premium, que possui condições especiais para acessibilidade, e termina lá pelas Suítes Premium e dos Marechais, com uma jacuzzi em um deck com vista para o mar do Francês.
Fateixa, uma homenagem aos pescadores e sua herança cultural na região, é simbolizada por uma âncora rústica e os instrumentos tradicionalmente usados nas águas da Lagoa Manguaba e do Francês. Todo o conceito do restaurante próximo ao hall honra essa tradição.
Rabeca, uma homenagem aos músicos da região, é simbolizada pelo violino folclórico de tom mais baixo e estridente, que consagrou o já mencionado e ilustre cidadão, Nelson da Rabeca. O bar-restaurante fica bem ao lado da piscina e de frente para o mar, na cobertura do hotel.
Nada melhor que viver tudo isso e ter à sua disposição essa infraestrutura para melhor lhe atender, certo?
> O valor das diárias está sujeito a alterações conforme o período do ano. Sempre é válido checar antes de fechar sua reserva. Caso tenha interesse em saber mais sobre as instalações e condições de reserva do Hotel Ponta Verde Praia do Francês, é só clicar aqui!
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