Muitos se perguntam se é possível aproveitar Maceió em 7 dias e ainda conhecer o resto de Alagoas. A resposta é de bate pronto: certamente! Se você tem apenas uma semana para aproveitar e está na dúvida se vale a pena ou não vir para o estado, montamos um roteiro especial. 

É seguro afirmar que Maceió possui uma das orlas mais bonitas do mundo. É um choque cognitivo encontrar o mar que banha a capital de Alagoas. Um ponto totalmente fora da curva, de uma natureza tão viva e radiante, que contrasta com a silhueta urbana que sustenta o que há em terra. Conhecer a trinca Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca conta a história da cidade baixa, mas Maceió, em seu todo, é muito maior e muito mais efervescente que isso. 

Você pode conferir nosso guia completo aqui, mas para além das fronteiras do principal município do estado, o que fazer perto de Maceió?

Em um estado com uma costa litorânea de 229 quilômetros e mais de 30 praias de todos os tipos, você está sempre em contato com planos angulares absurdos. E veja, não é uma grande extensão. Do extremo sul de Alagoas à capital, são aproximadamente 140 quilômetros. Dessa mesma perspectiva, até o extremo norte, na Ponta do Mangue, última praia de Maragogi, são mais de 160 quilômetros. Aqui estamos falando de chão – e não extensão de praia.

Não é um litoral extenso. Mas é interessante estar de carro. Aí você mata fácil. Para efeito de comparação, São Paulo tem mais de 600 quilômetros de extensão de litoral e estamos falando de uma encosta que envolve a Serra do Mar. Sempre é uma grande viagem para chegar em qualquer lugar do litoral norte paulista, por exemplo, onde ficam as praias mais atrativas.

Aqui em Alagoas é super possível. 

Já dissemos. A orla de Maceió é uma das mais bonitas do mundo, quiçá a mais. Imagine as preciosidades que têm por perto. 

Ao sul, você logo dá de cara com a majestade das lagoas Mundaú e Manguaba. Um pouco mais a frente, você encontra uma das praias mais completas em termos de infraestrutura e gastronomia em todo litoral: o Francês. Temos um guia completo sobre o destino, que você pode conferir clicando no link.

Ao norte, você adentra na Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal costeiro-marinha do Brasil. São 120 quilômetros de extensão, formados por 440 mil hectares, que passam por 13 municípios, de Maceió, até Tamandaré, em Pernambuco. 

A hospedagem base é o Hotel Ponta Verde. É lá que você está estrategicamente posicionado para conhecer a Pajuçara, mais ao sul, e a Jatiúca, mais ao norte. É onde você pode usar como base e se movimentar com mais fluidez por Maceió e Alagoas.

Há mais de 40 anos houve essa percepção. Surgiu assim um dos hotéis mais tradicionais de Maceió e que perdura até hoje sob os mesmos valores: honrar Alagoas e, sobretudo, essa beleza que é a Ponta Verde.

Caso tenha interesse em saber mais sobre as instalações e condições de reserva do Hotel Ponta Verde Maceió, é só clicar aqui!

Maceió em 7 dias
Vista aérea da esquina da Ponta Verde. (Crédito: Kaio Fragoso)

Portanto, fique à vontade para escolher as melhores opções, tirar algum dia para descansar na cidade, visitar novamente aquela praia que você adorou ou substituir alguma sugestão do nosso roteiro! Assim, você consegue aproveitar bem a região, se apaixonar e voltar para mais 7 dias, e mais 7 dias, e mais 7 dias.

Maceió em 7 dias: confira tudo que dá para fazer neste paraíso

Primeiro de tudo, você tem que estar atento à tábua de marés. De como a maré reage dia após dia. E de como sua experiência de praia influi dependendo dela. 

Basicamente, a maré funciona por meio da atração gravitacional das massas. Temos a massa da Lua atraindo a massa de água da Terra. Isso é uma conta que vai se alterando todos os dias. Você tem dois períodos de maré cheia e dois períodos de maré baixa. 

Vamos dar um exemplo. A maré tem seu pico de volume (1,8 milímetros) às 8 horas da manhã. Ela está totalmente cheia. 

A partir desse horário, ela irá começar a secar, até chegar no outro extremo da maré, às 14 horas. É o momento em que ela estará mais baixa (em um volume de 0,2 milímetros). Depois disso, ela volta a encher, para mais um pico de volume (2,0 milímetros), às 20 horas. E aí ela volta a secar. É assim que funciona.

Para adicionar mais um tempero ainda nessa conta da maré, pode ser que mesmo em dias de maré baixa, o volume da água – dependendo da Lua – ainda esteja alto. Você encontra maré baixa de 0,7 milímetros. Com a Lua cheia, aí sim você vai pegar os menores índices: 0,2 mm; 0,1 mm; 0,0 mm. Até volumes negativos: – 0,1 mm.

As praias daqui do litoral de Alagoas, em sua maioria, funcionam com a maré seca, que é quando você encontra aquele aspecto de piscina natural, água calma, translúcida.

Primeiro dia: curtindo tudo o que Maceió oferece!

Maceió e o Hotel Ponta Verde é o ponto de partida para todos os passeios do nosso roteiro. Para começar, você precisa conhecer a trinca Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. É interessante notar que não há nenhuma divisão que separa as praias Jatiúca/Ponta Verde/Pajuçara. É uma extensão marítima, cuja cisão é formatada administrativamente pelo território terrestre de Maceió. Dá para conhecer as três em um único dia.

Pajuçara – a casa das jangadas

O banho na Pajuçara é uma experiência completa, além de ser a parte da orla que conta com a melhor estrutura pública para ocupar, com quadras de beach tênis, vôlei, futevôlei, basquete e futebol. Talvez seja o lugar onde você mais encontra o povo de Maceió usufruindo dos espaços de sua cidade.

Mas o que não pode faltar aqui, para ter uma experiência alagoana de verdade, é embarcar com um jangadeiro. A história das jangadas para esse povo é um motivo de muito orgulho.

Isso porque houve uma célebre expedição, em 1922, que levava quatro pescadores em uma pequena jangada rumo ao sul. A embarcação, que era formada por seis paus e um pequeno mastro com vela, não levava nenhum aparelho de navegação. 

A ousada viagem fazia parte de uma série de homenagens que várias colônias de pescadores realizaram como contribuição aos festejos do Centenário da Independência do Brasil, que aconteciam na então capital federal, o Rio de Janeiro. 

Vários estados brasileiros enviaram embarcações, mas poucas navegaram por todo o trajeto e nenhuma o fez com uma frágil jangada. Os jangadeiros alagoanos chegaram ao Rio com o reconhecimento da resistência de seu povo. 

Assim, o passeio de jangada é obrigatório, além de ser uma delícia navegar com vento na cara e pés na água, sob comando de algumas das pessoas que mais conhecem a região. A Pajuçara é a casa dos jangadeiros em Maceió.

É de lá, justamente, que você pode ir até as piscinas naturais, um dos passeios mais famosos da cidade.

Ponta Verde – a esquina mais charmosa da capital

Maceió em 7 dias
Maré sequinha no Farol da Ponta Verde. (Crédito: Lucas Bicudo)

É o melhor lugar para tomar banho na orla de Maceió. É onde você vê a maior influência da maré e encontra diferentes versões de praia a cada dia. É o lugar que quando seca, todas suas pedras e corais ficam realmente à mostra. 

É onde você também irá encontrar a areia mais branquinha, com a menor profundidade da encosta. Quando a luz dos dois sóis de Alagoas bate nessa superfície, a tonalidade característica do azul-esverdeado aparece. As cortinas se abrem e o show da Ponta Verde te entrega endorfina.

Além disso, a Ponta Verde é casa de alguns dos principais beach clubs de Maceió, como o Kanoa e o Lopana. Você não precisa se aperrear: por aqui você encontrará toda a estrutura das melhores barracas da região, para atender quaisquer necessidades que você tiver durante um dia de praia. Para finalizar, o pôr do sol atrás do farol ainda é uma das coisas mais lindas da capital.

É um conjunto da obra, que faz com que colocar essa esquina da cidade dentro do seu roteiro, certamente se tornará uma das escolhas mais especiais.

Jatiúca – o bairro gastronômico de Maceió

Foto da orla de Ponta Verde
Orla de Maceió. (Crédito: Kaio Fragoso)

Quando a maré está seca, a Jatiúca segue a regra de suas vizinhas – salva uma diferente coloração em sua areia, aqui em um tom mais avermelhado. O mar, consequente ao reflexo do sol na água, possui tons mais esverdeados do que azuis. 

Com a maré alta, as ondas se tornam um pouco mais agitadas em relação às outras praias. O banho fica mais descaracterizado desse imaginário de piscina, de mar calmo.

Além desses aspectos naturais, a Jatiúca talvez seja o bairro mais movimentado da trinca da cidade baixa. Forte na gastronomia, tem um charme único e que a diferencia dos demais. 

Andar pela Amélia Rosa ou pela Avenida Jatiúca está intimamente ligado à vida social dos alagoanos, assim como deve ser parada obrigatória para aqueles que por aqui passam e querem conhecer um pouco mais do lado noturno de Maceió.

Segundo dia: conhecendo a Praia do Francês e Marechal Deodoro

Maceió em 7 dias
Silhueta histórica de Marechal Deodoro, vizinha de Maceió. (Crédito: Ponta Verde)

A Praia do Francês fica na cidade de Marechal Deodoro, a primeira do litoral sul de Maceió. Ali a história começa a ser registrada por volta de 1591, com a formação do povoado de Magdalena do Sumaúma. 

É um lugar que prosperou em boa parte pelos canais que saíam da extensa Lagoa Manguaba – não por menos, Manguaba vem de “Mãe Lagoa”, um bem imaterial que cuidou daquele cantinho geração após geração. Esses canais ainda davam acesso ao mar, o que tornava a pesca muito rica nesse ecossistema. 

Serra, sardinha, cavala. Esse povo cresceu com muito peixe fresco e com a rede na mão. Rede em uma mão e a linha e a agulha na outra, que pegava os talos de palha de coqueiro, tão abundante na região, para fazer o Bico, a Renda e o Filé. Outra herança registrada na cultura de Marechal e do Francês.

Magdalena do Sumaúma se tornou Vila Santa Madalena da Lagoa do Sul e chegou até a se tornar a capital de Alagoas, em 1817. A mudança para o nome Marechal Deodoro – em homenagem ao filho ilustre da terra, Marechal Deodoro da Fonseca, o homem que proclamou a república – aconteceu só em 1939, 348 anos depois dos primeiros registros do povoado de Sumaúma. 

Alagoas sempre foi uma terra de açúcar e fumo. Cultivos que aqueceram a economia da região em alguns momentos mais esporádicos de sua história, mas acabaram mesmo se espalhando pelo agreste do estado. O que ficou nessas terras, para além da pesca e da manufatura, da renda, também foi uma forte expressão musical e artística.

Há um ditado que diz: “por aqui quando nasce um menino, o pai joga um bolo de barro molhado na parede; se cair, o menino vai ser pescador, se agarrar vai ser músico”. Marechal, só para dar um exemplo, é a casa de Nelson dos Santos, mais conhecido como Nelson da Rabeca, o responsável pelo timbre inconfundível de suas rabecas de madeira.

Marechal é uma cidade histórica. Com todos esses elementos e uma silhueta arquitetônica inconfundível. O tipo de cidade que se equivale à Ouro Preto, Paraty e a própria Piranhas, aqui no estado de Alagoas. Daquela paisagem que parece ter parado no tempo, que ninguém deixa tocar, com ares coloniais, de tempos de outrora.

Mas sobre o porquê da Praia do Francês ser Praia do Francês não se sabe muito. Não existem muitos registros históricos que confirmam de fato como o povoado ganhou essa alcunha. Houve um período da nossa colonização em que os holandeses tiveram um controle muito rígido do Nordeste, com vários tipos de sanções. 

Os franceses, para explorar o Pau-Brasil daqui da região, construíram então um leprosário – no que hoje é uma ruína, leste do centro do povoado do Francês -, para poder atracar e maquiar suas reais intenções. Era um “ponto de contenção de doenças” e não um de “exploração” – na teoria. 

Começou como Porto dos Franceses e com uma adaptação aqui e acolá, chegamos à Praia do Francês.

A Praia do Francês: um sonho azul da cor do mar

Foto aérea da praia do Francês
Vista aérea da Praia do Francês. (Crédito: Kaio Fragoso)

O Francês seco é um azul-esverdeado, que contrasta com a barreira de corais, com o branco da areia e com o verde dos coqueirais, que é brincadeira. É uma piscina natural. É uma delícia tomar banho no Francês. Água calma, translúcida. 

Agrada todo mundo. Agrada quem gosta de uma praia sequinha, para ficar tomando banho naquele rasinho parado, e agrada quem gosta de tomar banho em águas mais profundas – até chegar na barreira de corais há um declive considerável, mesmo com a maré nos seus dias com volumes mais baixos.

Dá para nadar, mergulhar, boiar, sentar com a água no meio do corpo. Realmente uma praia completa. O Francês cheio já fica mais agitado, mas pela proteção da barreira de corais, ainda assim o volume de água que atinge a costa é diluído se comparado a outras praias características de mar aberto.

Tem um outro ponto muito importante: é uma enseada extensa. Essa barreira, que protege a invasão do mar e forma a parte mais calma para tomar banho, acaba e abre espaço para um outro formato de praia que é igualmente, ou até mais, característico do Francês. A praia de surfe. 

O mar fica totalmente aberto e tem onda o ano inteiro. Inclusive, esse é um fator que torna o destino conhecido por todo o país. Enquanto muitas praias de surfe dependem de temporada, no Francês é consistência o ano inteiro. São ondas mais curtas, mas um surfe bem físico e dinâmico, atraindo surfistas de circuito mundial e do país inteiro.

Terceiro dia: Praia do Gunga, a gigantesca fazenda de coqueiros que encontra lagoa e mar

A Praia do Gunga é certamente um dos destinos mais procurados do litoral sul. É uma das praias mais comerciais, por assim dizer. Você chega e tem de tudo: passeio de buggy para conhecer falésias, passeio de lancha, passeio de parapente. 

Tudo mesmo. E o acesso é totalmente visível – logo ao chegar, alguém irá te abordar para conhecer algumas dessas possibilidades. Todas são válidas, mas o destaque aqui fica para curtir no canto do Gunga banhado pela lagoa de Roteiro.

Ao chegar no estacionamento, ao invés de seguir em direção à praia, existe uma pequena escada na lateral esquerda, que te leva, através de uma trilha, para esse ponto onde o Gunga tem uma praia de água doce, com água salgada, que se misturam dependendo do ponto da maré, e formam um ponto de declive totalmente cristalino.

As praias daqui costumam ser de maré seca, mas o Gunga é uma praia bem versátil e que te entrega também uma versão de maré cheia, aliada à lagoa de Roteiro, que pode te render momentos inesquecíveis.

Quarto dia: navegando pelo Velho Chico

A foz do Rio São Francisco é um dos locais mais visitados em Alagoas. E não é para menos, afinal é uma experiência inesquecível conhecer uma parte desse rio que corta cinco estados e tem mais de 2 mil km! Este é um passeio que vai tomar o dia todo, mas primeiro é preciso seguir até Piaçabuçu.

Você pode alugar um carro e seguir pela AL-101. O trajeto dura cerca de duas horas. Mas para quem não quer dirigir, o melhor é fechar o passeio com uma agência de viagens. Os passeios começam cedinho e duram o dia todo, por isso é bom ir preparado!

Em ambos os casos, a primeira parada que indicamos é Pontal do Peba, onde é possível aproveitar praias desertas e ver de perto tartarugas marinhas e uma paisagem estonteante de dunas e coqueiros. Depois, basta seguir até Piaçabuçu, de onde partem os passeios até a foz do rio. 

Ao chegar no cais em Piaçabuçu, você verá embarcações como saveiros e catamarãs para fazer o passeio pelo Velho Chico. O tempo de passeio varia de acordo com o tipo de embarcação.  No entanto, há ainda a possibilidade de chegar até a foz através das dunas com um buggy.

Algumas agências de turismo da região vendem o passeio casado, metade de barco, metade de buggy . Essa modalidade tem feito enorme sucesso entre os viajantes que descrevem a experiência como “diferente, bela e emocionante! O passeio fez cada minuto valer a pena”.

A paisagem da foz é arrebatadora! Certamente, as águas mornas e calmas são um convite irresistível para um banho de rio. Ao retornar para Piaçabuçu, você pode ainda seguir para Penedo, o município mais antigo do estado de Alagoas. A cidade guarda prédios históricos como o Paço Imperial, que recebeu D. Pedro II em 1859.

Maceió em 7 dias - Penedo
Vista aérea da cidade de Penedo. (Crédito: Ponta Verde)

Quinto dia: tranquilidade na Garça Torta e no Riacho Doce

Foto da praia de Porto de Pedras
Praia de pedras no Riacho Doce, característica do começo do litoral norte de Alagoas. (Crédito: Lucas Bicudo)

A Garça Torta marca o começo do litoral norte. Ainda em Maceió, a praia já ganha ares de povoado, de vilarejo de pescadores. Uma opção mais inóspita, mas ainda assim recheada de algumas boas opções que entregam um serviço de excelência, principalmente no que diz respeito à gastronomia e repertório musical. 

Esse trecho sempre foi característico de um cenário cultural muito vivo. Bem na beirada do mar, por exemplo, você pode encontrar a Casa da Arte, um centro de estudos e, sobretudo, espaço aberto para reflexão, produção e interação cultural. Porto seguro para as obras de artistas de todos os lugares e para os olhares curiosos da comunidade local, que dificilmente encontraria oportunidade de vivenciar a experiência artística através de outros canais.

Sobre a praia, a Garça Torta é um verdadeiro aquário natural. Um mar vivo, onde você pode andar por arrecifes e corais, encontrar ostras e ouriços – é preciso ter cuidado aqui -, peixes nadando e muita vida!

O charme da Garça e do começo do litoral norte está nos lugares que podem ser descobertos. Existem lugares tranquilos para banho na encosta, os lugares mais “convencionais”, com o chão totalmente de areia e que você pode aproveitar bastante sem nenhum tipo de preocupação. 

Mas é um mar de pedras. Não tente se aventurar descalço. Para aproveitar o máximo que essa praia entrega e curtir as piscinas naturais perdidas lá para o meio do mar, nos lugares de “descoberta”, é preciso que você entre com uma sapatilha. A Garça é uma praia ótima para banhos convencionais, mas o legal mesmo são suas descobertas. Assim como o Riacho Doce. 

Riacho Doce. Uma vila de pescadores, entremeia ao mar e a um belíssimo… riacho de água doce. Riacho Doce, doce também das casas de farinhas e das boleiras. Doce de saborear.

Riacho Doce cresceu às margens de um vasto riacho, ao qual atravessava uma ponte. Essa era a estrada oficial de acesso ao trecho que explorava as riquezas naturais da região entre Maceió e Pernambuco. Essencialmente, Riacho é uma vila de pescadores, até hoje.

Sua praia, quando seca, fica cristalina num ponto em que você pode navegar entre as pedras, enxergando tudo que tem pelo caminho. Mas voltamos a destacar: é, como a Garça, um mar de pedras. Não tente se aventurar desprotegido. O charme do Riacho está também nos lugares que podem ser descobertos.

Destaque também para os esforços dos moradores da região em revitalizar a praia, com hortas comunitárias, luaus e mais espaços de ocupação pública. Bruno Severino Giacobbo, que possui à beira-mar o Riacho Doce Beach Bar, toca o projeto, junto com o engajamento de outras pessoas do povoado.

Na entrada para o bar, há um lugar de confraternização e uma casa que mantém a herança cultural do Riacho. Construída pelo Seu Diogo e pela Dona Maria há mais de 90 anos, hoje a casa de farinha da família Marques é mantida com o maior carinho pelo gentil Túlio, neto do casal, nascido no povoado.

Fazer beijus e bolos à base de coco e farinha de mandioca é a arte centenária do Riacho Doce. Assim como no Pontal da Barra existe a mistura da pesca com o artesanato, no Riacho existe o samba entre o mar e a terra. Dos barcos que atracam as areias, trazendo o peixe fresco e abundante da região, os fornos aquecem o povoado e suas confraternizações.

O pé de moleque, tradicionalmente enrolado e assado na palha da bananeira, é feito com massa puba, coco ralado e manteiga. É espetacular. Antes de colocar o grude no forno à lenha, você abre a folha de bananeira e sela o que tem dentro só pelo calor, até ficar levemente dourado dos dois lados. Depois volta ao forno para finalizá-lo. A folha da bananeira, além de manter o doce aquecido e seu sabor preservado, é uma tradição que está inscrita na história dos povos indígenas e que faz parte da mescla cultural que floresce em expressões simbólicas até hoje pelo litoral de Alagoas.

O coração com que Túlio mantém algo que nasceu e cresceu fazendo é mais lindo ainda de ouvir. Pare e vá trocar uma ideia com o pessoal de lá. Tudo gente boa e com um coração grande.

Ótimo lugar para curtir uma Maceió ainda mais rústica, mas com a infraestrutura necessária para passar um dia de praia sem aperreio. Com agenda de shows aos finais de semana, começa a se tornar um destino alternativo para aqueles que gostam dessa herança musical que vem desde a Garça.

Sexto dia: se encante com Milagres

Foto da capela de São Miguel dos Milagres, Alagoas
Famosa capela de Sâo Miguel dos Milagres. (Crédito: Nathália Rocha)

São Miguel dos Milagres. A tão famosa São Miguel dos Milagres. Acho que o grande triunfo de lá é que você tem a possibilidade de encontrar hospedagens incríveis, uma gastronomia mais incrível ainda e, acima de tudo, um paraíso natural para harmonizar tudo à sua disposição. Fica fácil falar de Milagres.

A questão por lá envolve mais exclusividade. O conceito que irá te atender é mais personalizado e diversificado, dependendo de onde você fica ou consome. É a rota charmosa do estado, com um ar mais provinciano, de vilarejo. 

Suas praias entregam o que se espera de um destino como esse: águas cristalinas, coqueirais, piscinas naturais, arrecifes. Pacote completo. São Miguel dos Milagres faz parte de um roteiro mais de luxo em Alagoas.

Sétimo dia: despedida com chave de ouro nas piscinas naturais de Maragogi

foto das piscinas naturais de Maragogi, Alagoas
Piscinas naturais de Maragogi. (Crédito: Lucas Bicudo)

Maragogi talvez seja o destino mais famoso e aclamado de Alagoas. Não por menos, faz sua fama. As piscinas naturais de Maragogi não são deste mundo. É a fonte da vida. A água da vida. Você entra lá e sai 10 anos mais jovem. É a síntese de tudo que você espera ao visitar um paraíso tropical.

Existe um outro ponto fora da curva: Praia de Antunes. É totalmente diferenciada. Tem uma perspectiva aqui: as pessoas vão para Maragogi esperando águas cristalinas o tempo todo. Não acontece bem isso: na orla das praias, a coloração é linda e absurda, sim, mas a tonalidade da água é leitosa, é mais turva. 

As águas cristalinas você irá encontrar na piscina natural e em Antunes. É um descaso total. Você fica lá jogado, numa piscininha cristalina. Descaso. Desbunde. É realmente um paraíso.

Hotel Ponta Verde pode te ajudar a viver esse roteiro inesquecível!

Vista aérea da enseada da Ponta Verde
Vista aérea do Hotel Ponta Verde, centralizado na esquina mais charmosa de Maceió. (Crédito: Kaio Fragoso)

Você precisa de conforto para conhecer Maceió. Esse tipo de viagem precisa ter toda uma estrutura que te dê conforto e lhe auxilie no que for preciso. Uma estrutura que garanta um bom sono, uma boa refeição e boas opções de lazer, tudo em uma posição estratégica da capital. 

O Hotel Ponta Verde, para além da excelência de seu serviço, pega essa missão e mata no peito. A ideia é que você esteja acolhido no melhor lugar da cidade.

Você pode esperar conforto e assessoria para quaisquer necessidades que lhe aparecerem durante sua hospedagem no Hotel Ponta Verde. Em termos de serviço, são mais de 40 anos de repertório sobre como atender da forma mais humana e eficaz possível.

O Hotel Ponta Verde já começa com uma experiência bem interessante. É o único hotel de Maceió, que por onde todos os cômodos que você passa, você tem uma vista direta para o mar. Modernizado recentemente, todas as paredes apontadas para a orla são de vidro e até a posição com a qual a recepção é direcionada te coloca com vista direta para o horizonte azul. 

As acomodações possuem vista para o mar. Um cenário absurdo a qualquer desvio. Mesmo com uma bela televisão para te entreter nos momentos de tranquilidade, os olhos certamente voltarão o foco, hora ou outra, para o cinematográfico vitro, que te oferece um brinde ocular com a vida, em sintonia com uma natureza que banha a capital de Alagoas.

No comando da gastronomia, o Restaurante Dona Ana traz um repertório afetivo e que valoriza o regional. O espaço tem uma arquitetura mais intimista, com iluminação baixa, e que aposta na elegância do cimento queimado para trazer algo sóbrio, contrastante ao excesso de iluminação que invade os vitrais. 

O hotel conta com uma piscina externa, à beira da orla, além de espaços de lazer e academia para toda a família. É uma delícia sair da praia, com o corpo salgado, e continuar o banho na água doce da piscina. Um ambiente extremamente confortável, para relaxar e estender o dia no mar. Você estará completamente assessorado hospedado no Hotel Ponta Verde.

O valor das diárias está sujeito a alterações conforme o período do ano. Sempre é válido checar antes de fechar sua reserva.

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"Hotel aconchegante. Quarto ótimo, espaçoso, tudo novo e arrumado, Café da manha com muita variedade, tapioca perfeita. Hotel dispõe de guarda-sol e serviço na praia. Foi uma estadia impecável. Muitas opções ao redor e lanches a noite."

darliene oliveira

  • 5
de 692 incríveis avaliações